Como os sistemas imunológicos inato e adaptativo operam juntos | Parte II
A defesa bem-sucedida contra um patógeno invasor requer um esforço coordenado entre as respostas imunes inata e adaptativa, e seus vários componentes. Muitas pesquisas têm sido feitas para identificar produtos naturais que podem apoiar a função do sistema imunológico. Vários estudos têm investigado a modulação da resposta imune inata e adaptativa por meio de intervenções nutricionais. Influências específicas investigadas incluíram efeitos sobre a imunidade inata através da atividade de células natural killer, atividade de lisozima e produção de IFN-gama. A imunidade adaptativa também tem sido estudada e relatada em termos de níveis de IgA secretora e níveis de títulos de anticorpos após a vacinação.
IMUNIDADE HUMORAL ADAPTATIVA
A imunidade adaptativa pode ser subdividida em (a) imunidade humoral e (b) imunidade mediada por células, onde essas subpopulações específicas de linfócitos trabalham para reconhecer e efetivamente eliminar patógenos invasores. A resposta humoral é o principal mecanismo de defesa para a eliminação de patógenos extracelulares e suas toxinas. A imunidade humoral está associada ao sangue e envolve anticorpos circulantes que têm o objetivo de eliminar um antígeno específico. Os anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas, são moléculas grandes, em forma de Y, produzidas pelos linfócitos B. Seu papel primário é a identificação e neutralização final de patógenos. Em mamíferos essas imunoglobulinas são divididas em cinco classes denominadas IgA, IgD, IgE, IgG e IgM. No sistema imune aviário foram identificados apenas três tipos de moléculas de anticorpos, incluindo IgM, IgY e IgA. Essas classes de imunoglobulinas podem ser secretadas de vários locais do corpo e suas funções primárias podem variar dependendo do desafio percebido. Por exemplo, a síntese de IgA ocorre constantemente e localiza-se principalmente em áreas da mucosa, como o trato gastrointestinal e respiratório. O principal papel da IgA é fornecer imunidade à mucosa, prevenindo a colonização por patógenos invasores.
IMUNIDADE ADAPTATIVA MEDIADA POR CÉLULAS
A imunidade mediada por células envolve linfócitos T e é o principal mecanismo de defesa para eliminação de patógenos intracelulares inacessíveis aos anticorpos circulantes da resposta humoral. As células T da resposta mediada por células podem ser divididas em dois grupos menores denominados linfócitos T auxiliares CD4+ e células T citotóxicas CD8+. CD4+ e CD8+ representam o marcador celular distinto na superfície desses linfócitos. Essas células T só reconhecem antígenos peptídicos que estão presentes na superfície da célula invasora. A responsabilidade pela exibição desses antígenos para reconhecimento pelas células T é realizada pelo complexo principal de histocompatibilidade (MHC), que é um grande grupo de genes que codificam para um conjunto de proteínas especializadas que ajudam a se ligar a esses fragmentos peptídicos e aumentar o reconhecimento pelas células T apropriadas. Existem duas classes estruturalmente diferentes de moléculas de MHC chamadas MHC de Classe I e Classe II, e essas diferentes classes de moléculas de MHC interagem com diferentes tipos de células T. Moléculas MHC de Classe I estão associadas à apresentação de antígenos para células T CD8+, enquanto moléculas de MHC de Classe II estão associadas a células T CD4+. Em resposta à presença de microrganismos e antígenos, as células T auxiliares de reconhecimento secretam citocinas (proteínas). Seu principal papel é mediar e regular os diversos mecanismos da resposta imune. Os mecanismos da resposta imune que as citocinas orquestram incluem: 1. Inflamação 2. Ativação de macrófagos 3. Ativação, proliferação e diferenciação de células T e células B Uma vez ativadas pelo reconhecimento de antígenos, as células T citotóxicas agridem a célula infectada. Após a exposição a um antígeno, os linfócitos B e os linfócitos T podem se diferenciar em efetores e linfócitos de memória que trabalham juntos para eliminar um antígeno após o hospedeiro ter sido reexposto.
Referências disponíveis mediante solicitação.
Autor: Adaptado de Diamond V Blog pela equipe da Cargill aditivos.