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A experiência fitogênica

A experiência fitogênica

Os fitogênicos estão longe de ser um conceito novo. As poderosas propriedades das plantas vêm sendo registradas ao longo da história. No entanto, muitas vezes temos que definir os termos e explicar três décadas do uso dessas substâncias.

Por isso, convidamos você a uma jornada para explorar o poder da natureza conosco. Iremos te apresentar sete grupos de substâncias, cada um com seus distintos ingredientes, os quais cumprem os mesmos ou diferentes propósitos, como por exemplo, a redução das emissões de amônia. Bem-vindos ao universo fitogênico!

 

Substâncias pungentes

Exemplos desse grupo podem ser encontrados na sua cozinha, tais como pimenta-do-reino, alho, gengibre e cúrcuma.

Como funcionam: Ativam reações nas células das membranas mucosas e aumentam a circulação sanguínea, melhoram o metabolismo e apoiam na desintoxicação do corpo do animal. Pesquisas também indicam que essas substâncias aumentam a secreção de sucos digestivos e têm efeitos sinérgicos com os óleos essenciais.

História moderna: Tradicionalmente consumida na cultura indiana como “leite dourado” para fins medicinais, a cúrcuma está atraindo a atenção popular pelos seus inúmeros benefícios à saúde humana.

Você sabia? Nós estudamos e promovemos sinergias para que os ingredientes tenham efeitos ainda melhor juntos. Por exemplo, uma pequena quantidade de pimenta preta aumenta a absorção de curcumina.

 

Substâncias amargas

Exemplos comuns incluem lúpulo e o dente-de-leão.

Como funcionam: Estudos demonstram que atuam através da estimulação das papilas gustativas na língua e diretamente em células gástricas e pancreáticas onde aumentam a produção de sucos gástricos e secreção biliar. Podem melhorar as atividades intestinais de tripsina, lipase e amilase, melhorar a produção de muco e aumentar o tempo de trânsito do bolo alimentar.

História moderna: Os ingredientes amargos são tradicionalmente ingeridos após as refeições para facilitar a digestão. Nos últimos anos, a popularidade de cervejas artesanais como IPAs, verduras amargas como rúcula, radicchio e couve-de-bruxelas, e chocolates escuros despertaram o interesse das pessoas por   gostos amargos.

Você sabia? Nem todo mundo tem gosto por substâncias amargas, no entanto, tanto na nutrição humana quanto na animal, substâncias amargas são usadas por seus efeitos na função intestinal e digestibilidade de nutrientes.

 

Saponinas

As saponinas podem ser encontradas em fontes dietéticas, incluindo feijão, outras leguminosas, batatas, tomates, aveia, quinoa, vinho tinto e especiarias como gengibre. Duas das fontes comerciais mais comuns para saponinas incluem Yucca schidigera e Quillaja saponaria. Essas espécies de plantas são comuns em climas quentes e áridos. Por exemplo, a Yucca cresce nos desertos de Mojave, Sonora e Great Basin e a árvore de Quillaja é encontrada na região dos Andes da América do Sul, predominantemente Chile, Peru e Bolívia.

Como funcionam: As saponinas têm uma grande variedade de funções fisiológicas, incluindo diminuição das emissões de amônia (NH3) e metano (CH4), propriedades de detergente, permeabilidade da membrana, antiprotozoário, antifúngico, antioxidante e função imune mediada por células. O benefício combinado desses mecanismos ajuda a reduzir a carga ambiental das emissões de amônia e metano, melhorando o desempenho e a saúde na produção animal.

História moderna: As saponinas são encontradas em bebidas, cosméticos, surfactantes industriais, espumas e adjuvantes de vacinas. Saponinas são usadas em cervejas e bebidas refrigerantes para produzir espuma quando servidas nos copos. O resíduo que permanece no vidro após a dissipação da espuma é a saponina.

Você sabia? As saponinas de Quillaja, entre mais de 100 outros ingredientes fitogênicos, são ingredientes valiosos em alguns dos nossos produtos. Para garantir o fornecimento regular e os nossos rigorosos requisitos de qualidade e padronização de ingredientes, a Delacon/Cargill fez parceria com a Fitotek em 2014 e é coproprietária do local de produção de Quillaja no Chile. Colaborações como estas são essenciais para fornecer produtos finais consistentes e padronizados aos nossos clientes, com práticas sustentáveis e ambientalmente responsáveis.

 

Óleos essenciais

Entre os óleos essenciais mais comuns estão os extratos de tomilho, anis estrelado, canela, cravo e alecrim.

Como funcionam: Os óleos essenciais têm muitas funções: antimicrobiano, antioxidante, anti-inflamatório, imunomodulador e hipolipidêmico. O Quorum sensing é um conceito interessante, pois indica o potencial dos óleos essenciais em reduzir a patogenicidade de bactérias prejudiciais. Com esses efeitos e funções combinados é possível ter melhores morfologia e função do intestino dos animais.

História moderna: Hoje os óleos essenciais estão em todo o mercado. Óleos essenciais podem ser encontrados em cosméticos, aromaterapia caseira, aromas em alimentos e bebidas, medicamentos, aplicações de cuidados odontológicos, produtos de limpeza e utensílios domésticos, como papel higiênico e tecidos.

Você sabia? Óleos essenciais são substâncias altamente voláteis e devem ser protegidos durante o processo de fabricação e armazenamento de ração. Sendo assim, utilizamos um processo patenteado de microcapseamento que garante que os princípios ativos sejam liberados de forma lenta no trato gastrointestinal dos animais.

 

Flavonoides

Flavonoides são metabólitos secundários de plantas presentes em frutas, legumes e plantas medicinais. Fontes comuns incluem cebola roxa, frutas cítricas, café, chás ou grãos. A presença deste grupo de substâncias pode ser facilmente identificada, pois comumente dá às plantas as cores amarela, laranja e vermelha. Como o corpo não é capaz de sintetizar flavonoides por conta própria, eles têm que ser fornecidos via alimento.

Como funcionam: Atualmente há uma enorme quantidade de pesquisas sobre o uso de flavonoides em animais e humanos. A lista de modos de ação é, portanto, muito longa e continua a crescer com o tempo. A razão pela qual existem tantos modos de ação é que os flavonoides interagem com uma variedade de alvos celulares. Devido às suas atividades antioxidantes, antivirais, antialérgicas e anti-inflamatórias, são considerados “compostos dietéticos que promovem a saúde e previnem doenças”. A propriedade mais estudada é a atividade antioxidante, que é relatada como superior à de vitaminas (C e E) e carotenoides in vitro e estudos in vivo.

História moderna: Você sabia que o chocolate pode ser saudável? Estudos científicos têm demonstrado que a ingestão de produtos à base de cacau e chocolate são ricos em flavonol, que melhora a função endotelial das artérias e a microcirculação na pele humana. Além disso, o consumo de cacau aumenta a saturação de oxigênio e pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares.

Você sabia? Os efeitos dos flavonoides, como o aumento da capacidade antioxidante no corpo (aumento da superóxido dismutase como enzima antioxidante e diminuição do malondialdeído como biomarcador para estresse oxidativo), são comprovados em estudos científicos. Os efeitos antioxidantes dos flavonoides na alimentação de aves podem ajudar a contribuir para a sustentabilidade, prolongando a vida útil da carne de aves. Como resultado, menos comida acaba na lata de lixo.

 

Mucilagens

As mucilagens são as substâncias viscosas e pegajosas de polissacarídeos produzidos por raízes, sementes, cascas, flores ou folhagens de diferentes plantas. Quimicamente, as mucilagens são semelhantes às gomas (compostas de polissacarídeos), mas diferem em certas propriedades físicas. As gomas se dissolvem prontamente na água, enquanto que as mucilagens formam massas viscosas.

Como funcionam: Como os intestinos são a chave para uma boa saúde, as mucilagens na nutrição animal podem ser usadas para estimular a produção de muco no intestino delgado e também para proteger a mucosa intestinal. Para fins veterinários, a ingestão de Malva sylvestris (folhas) tem sido usada como laxante em cavalos, como anti mastite em vacas e para diminuir a produção de metano ruminal. As mucilagens também ajudam a aliviar a prisão de ventre aumentando a peristalse no trato gastrointestinal e facilitando a defecação. Vários estudos têm demonstrado que as mucilagens vegetais possuem atividades biológicas como propriedades anti-inflamatórias, antiespasmódicas e antialérgicas e agem como supressores de tosse. Além disso, as mucilagens têm um efeito prebiótico. A microbiota intestinal pode quebrar os polissacarídeos em ácidos graxos de cadeia curta, que servem como fonte de energia.

História moderna: Especialmente as plantas carnívoras não são capazes de sobreviver sem mucilagem. O gênero de plantas Drosera, por exemplo, produz pequenas gotas pegajosas de muco em suas folhas.  Pequenos insetos grudam nessas gotas, que são então digeridos pela planta. No passado, as mucilagens à base de plantas eram misturadas com água e usadas como cola, por exemplo, para selos. Além disso, a indústria farmacêutica utiliza mucilagens em comprimidos para coesão e conversão da massa de pó em grânulos, bem como agentes mucoadesivos para melhorar a adesão de medicamentos às membranas mucosas ou permitir a lenta liberação e melhorar a biodisponibilidade e solubilidade dos medicamentos.

Você sabia? A aplicação das mucilagens na dieta dos animais é principalmente para proteger membranas mucosas internas. As mucilagens formam uma película na superfície dos tecidos irritados. Portanto, podem ser usadas como tratamento durante a irritação dos tratos respiratório e digestivo.

 

Taninos

Exemplos comuns temos os taninos de carvalho, de castanha, de mimosa e quebracho.

Como funcionam: Os taninos condensados formam compostos complexos com proteínas forrageiras e os protegem da degradação microbiana no rúmen, sem afetar a quantidade de síntese proteica microbiana. Já que essa ligação é reversível e depende do valor do pH, supõe-se que o composto proteico-tanino se dissolve novamente no intestino delgado, assim as proteínas ficam disponíveis para os ruminantes nas seções intestinais posteriores. Portanto, os taninos condensados podem aumentar a quantidade de proteína by-pass e melhorar os índices produtivos e reprodutivos.

História Moderna: Aposto que você também consome taninos, principalmente na forma de chá ou café. A maioria dos vinhos também contém taninos. Se os vinhos são armazenados em barris de carvalho para envelhecer, os taninos da madeira são incorporados ao vinho. Além disso, as uvas também contêm polifenóis. Quanto maior a concentração dos taninos, mais adstringente é o gosto do vinho.

Você sabia? Existem duas categorias diferentes de taninos, os hidrolizáveis e  os condensados, distinguíveis pelo tamanho molecular e pela natureza da estrutura. Sabe-se que os taninos condensados reduzem a produção de metano pelos ruminantes, e assim contribuem para a redução dos gases de efeito estufa. Além disso, podem impedir a formação de espuma no rúmen durante a alimentação com altos níveis de proteínas solúveis, e reduzir o risco de timpanismo. Mas atenção, se os taninos hidrolisáveis forem utilizados em alta dosagem podem causar intoxicação dos animais.

Equipe Técnica da Cargill Aditivos

Referências bibliográficas disponíveis mediante solicitação

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